Confira análise das seleções favoritas para vencer a Copa Africana de 2025

Egito é um dos favoritos para vencer a Copa Africana
Egito é um dos favoritos para vencer a Copa Africana ABDEL MAJID BZIOUAT / AFP

No próximo domingo (21), começa a Copa Africana de Nações. Um torneio que contará com muitas estrelas do futebol europeu, que vão interromper a temporada de seus clubes para tentar conquistar o título no cenário continental.

O grande torneio de seleções da África vai até 18 de janeiro, data da final. Ao longo do próximo mês, várias estrelas do futebol europeu vão viajar para o Marrocos para disputar esta Copa Africana, e só retornarão quando suas seleções forem eliminadas... ou quando jogarem a grande final, que será realizada no Estádio Prince Moulay Abdellah, em Rabat.

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Muitos grandes clubes acompanham a competição torcendo para que seus jogadores não se lesionem durante o torneio, já que é cada vez mais comum ver seleções africanas com grandes estrelas que brilham nos principais clubes do futebol europeu.

E isso não é novidade; já no final do século XX, havia nomes de destaque como Roger Milla, Abédi Pelé e George Weah, que no início do novo milênio deram lugar a nomes familiares para os mais jovens, como Samuel Eto'o, Yaya Touré e Didier Drogba. Todos eles foram ícones do futebol no começo do século.

Na última década, o protagonismo ficou com Achraf Hakimi, Mo Salah, Sadio Mané e Victor Osimhen, entre outros, que são esperados para brilhar nesta Copa Africana de Nações. Fizemos um levantamento das seleções que chegam como grandes favoritas ao título.

Marrocos

Todo mundo concorda que o país-sede é o grande favorito para levantar o troféu, especialmente depois da excelente campanha na Copa do Mundo do Catar em 2022, quando os marroquinos chegaram às semifinais. O time se classificou com facilidade para a próxima Copa do Mundo e soma atualmente 16 vitórias consecutivas, um recorde mundial que superou o da Espanha, que já durava 16 anos.

Marrocos chega para esta Copa Africana com um elenco repleto de estrelas e nomes importantes, muitos deles com passagem ou presente no futebol espanhol, como Achraf Hakimi, Yassine Bounou, Youssef En-Nesyri, Sofyan Amrabat e Azzedine Ounahi, que se destacou no Catar e vem mostrando seu melhor futebol no Girona, entre outros grandes jogadores. Com esse timaço, os Leões do Atlas buscam seu primeiro título continental desde 1976, encerrando um jejum de 49 anos que parece interminável.

Egito

O Egito de Mo Salah busca seu primeiro título africano desde 2010, após alguns anos complicados, naquela que pode ser a última grande chance da estrela do Liverpool conquistar um título importante com sua seleção, deixando de lado a Copa do Mundo de 2026, para a qual os egípcios não estão entre os favoritos.

Salah, o jogador com mais participações diretas (gols e assistências) para um mesmo clube na história da Premier League e também o segundo maior artilheiro por um único time na liga inglesa, chega ao torneio após um período de polêmicas e com uma possível saída dos Reds no horizonte.

Desta vez, ele terá ao seu lado Omar Marmoush e Mostafa Mohamed. Então, os Faraós podem sonhar com o primeiro título desde 2010, quando fecharam um ciclo incrível de três Copas Africanas seguidas. A seleção mais vitoriosa do torneio ficou fora das três edições seguintes e, desde então, chegou a duas finais.

Argélia

É uma das seleções tradicionais e fortes do continente africano, e está de volta ao protagonismo após alguns anos difíceis, nos quais caiu na fase de grupos das duas últimas Copas Africanas e ficou fora da Copa do Mundo do Catar. A Argélia estará na Copa do Mundo do próximo ano e vai mostrar sua força também no torneio continental, onde os Fennecs buscam o terceiro título sob o comando de Vladimir Petkovic, que transformou a equipe liderada em campo por Mohamed Amoura, artilheiro das Eliminatórias para a Copa, com 10 gols.

Além do bom momento do atacante do Wolfsburg, a Argélia conta com o talento eterno de Mahrez e o trabalho de Bensebaini. O goleiro do Granada, Luca Zidane, filho de Zinedine e elegível há alguns meses, também viaja para o Marrocos.

Senegal

A lesão do ex-Betis Assane Diao, no jogo do Como contra a Roma na última segunda-feira, acendeu o alerta na seleção senegalesa, já que ele vinha fazendo uma grande campanha e era cotado para ser importante para o time nacional, pelo qual pode atuar há alguns meses após defender a seleção espanhola nas categorias de base. A lesão trouxe alívio para Cesc Fàbregas, que revelou ter tido uma conversa pouco agradável sobre a convocação do jogador com o técnico de Senegal, Pape Thiaw, que vem fazendo um excelente trabalho à frente da seleção.

Os Leões de Teranga são uma seleção ofensiva e agradável de assistir, que, mesmo com a possível ausência de Diao, conta com um elenco de estrelas liderado por Sadio Mané, Iliman Ndiaye, Ismaila Sarr e Kalidou Koulibaly. Sem dúvida, é um dos times mais fortes e tem motivos para acreditar que pode repetir o título de 2021/22, o único do país até agora.

Nigéria

A seleção de Victor Osimhen e Ademola Lookman, duas superestrelas do ataque, representa bem o espírito do tricampeão africano, que tem uma das linhas ofensivas mais temidas, mas também algumas dúvidas na defesa, mesmo com Stanley Nwabali no gol e o capitão William Troost-Ekong na zaga. Wilfred Ndidi é o líder do meio-campo das Águias.

Eric Chelle apostou, desde que chegou, em potencializar as forças do time, que estão no ataque, e construir uma seleção nigeriana com uma vocação muito mais ofensiva do que antes, e o tempo parece estar a seu favor. Okoye Maduka e Victor Boniface não vão ao Marrocos, assim como outros desfalques importantes, mas os jogadores do Sevilla Chidera Ejuke e Akor Adams, o ex-Villarreal Samuel Chukwueze e o ex-Levante Moses Simon estarão presentes.

Costa do Marfim

O atual campeão da competição está entre os favoritos, embora de forma menos destacada do que em outras edições. Os Elefantes são um time bem treinado, difícil de ser batido e muito pragmático, que não sofreu nenhum gol no caminho para a Copa do Mundo.

O zagueiro da Roma, Evan N'Dicka, é um dos grandes líderes do time e também o principal pilar defensivo, além de ser a figura que melhor representa o estilo de jogo atual da equipe. No ataque, eles confiam na qualidade devastadora de nomes como os ex-Leganés Sébastien Haller e Yan Diomandé, além de Simon Adingra e Wilfried Zaha. Chama atenção a ausência do jogador do Villarreal, Nicolas Pépé.

Como curiosidade, vale destacar que o ex-meio-campista do Barcelona, Franck Kessié, atualmente jogando na Arábia Saudita, também está na lista de convocados.