Para o dirigente, a estratégia rubro-negra é clara e atende aos próprios interesses, mas pode comprometer o equilíbrio da competição se não houver reação coletiva.
"O que o presidente do Flamengo quer é que o Brasileirão se transforme em uma Bundesliga, onde o Flamengo seja o Bayern de Munique. De cada dez campeonatos, ele vai ganhar nove. Isso é o que ele quer, e é legítimo", afirmou Leitão, CEO do Grêmio.
Na avaliação do executivo, o problema central não está na ambição do clube carioca, mas na fragilidade política dos demais times.
"Agora, os outros 19 clubes precisam se juntar e impedir que isso aconteça", completou, destacando que a discussão passa diretamente pela forma como os direitos de transmissão e comerciais são negociados.
Leitão defendeu uma distribuição mais equilibrada das receitas para evitar um campeonato previsível e criticou o modelo de negociações individuais, especialmente no contexto da Libra.
"O que a gente precisa fazer para que o Campeonato Brasileiro não se transforme em uma Bundesliga é diminuir as diferenças. A distribuição desses direitos tem de ser um pouco mais consciente para todos", disse.
Ao final, reforçou a defesa por uma liga unificada, citando experiências internacionais. "Venho de experiências de liga nos Estados Unidos. A NFL e a MLS mostram que esse é o melhor caminho. No meu entendimento, tem dinheiro em cima da mesa que a gente está perdendo hoje".
